Embora o MDB não trate, ainda, publicamente, o partido trabalha nos bastidores da bancada estadual eleita para garantir uma vaga na Assembleia Legislativa para Carlos Búrigo, que não se reelegeu e ficou de segundo suplente no Legislativo. Aliado e muito próximo ao ex-governador José Ivo Sartori (MDB), Búrigo foi fundamental no apoio a Eduardo Leite (PSDB) em Caxias do Sul, Região da Serra. Apesar de Sartori ficar neutro na campanha, seu ex-secretário foi para rua pedir votos ao tucano.
Por esse motivo, o vice-governador eleito, Gabriel Souza (MDB), e a bancada na Assembleia, constituída de seis deputados, têm compromisso com Búrigo pela sua contribuição na campanha de Leite. É praticamente certo que dois deputados irão despachar no Piratini. Com isso, abre duas vagas, um será de Rafael Braga Librelotto, e outra, de Búrigo.
Os secretários devem sair entre três deputados reeleitos: Juvir Custella, que foi secretário de Logística e Transportes no primeiro mandato de Leite, Vilmar Zanchin e Beto Fantinel, que é de Dona Francisca. Patrícia Alba também foi reeleita, mas não apoiou Leite ao governo.
Um deputado federal também deve ser indicado pelo MDB para o secretariado. Reeleito para a Câmara, Márcio Biolchi, que foi chefe da Casa Civil e secretário de Desenvolvimento Econômico de Sartori, é cotado para voltar para o Piratini. Se isso se confirmar, Giovani Feltes, que ficou de primeiro suplente, assumiria a cadeira em Brasília. Ele foi outro nome que abraçou a candidatura de Leite num momento de muita divisão do MDB. Gabriel Souza e o restante do partido também querem valorizá-lo a exemplo de Búrigo. Outra possibilidade é Feltes compor o secretariado. No governo Sartori, ele foi titular da Fazenda.
Como o MDB tem o vice-governador, certamente, garantirá um espaço generoso no Palácio Piratini neste segundo mandato de Leite.